quarta-feira, 16 de junho de 2010

5ª Sessão de Acompanhamento


Na Escola Secundária Antero de Quental, a 5ª Sessão de Acompanhamento decorreu a 16 de Junho, das 9.30 às 12.30h.

Em primeiro lugar, os docentes terminaram o ponto 5 da 4ª sessão, nomeadamente, a apresentação de Propostas de Plano Anual de Leitura e reflexão sobre as mesmas.
Desta reflexão, gostaria de registar, porque pertinentes, as seguintes posições: a) coaduna-se com o esperado no ensino secundário, em que o aluno é suposto ser proeficiente na leitura, para além de ser capaz de transferir conhecimentos;b) uma vez que o estudo PISA apresenta os alunos de Português mais inaptos na interpretação de textos poéticos e dramáticos, na organização do estudo do corpus textual proposto para o 3º ciclo, dever-se-ia, tendo isto em conta, apostar num trabalho mais autónomo na tipologia narrativa e mais formal, mais dirigido/ apoiado pelo professor, naqueles dois tipos de texto; c) seria conveniente intercalar as tipologias textuais previstas no corpus, de forma a não entediar os alunos; d) será demasiado audacioso criar um Plano de Leituras diferente para cada turma, poque implica criação de materiais e preparação de aulas diferentes para todas as turmas de um mesmo professor, por um lado, e de todos os que leccionam o mesmo nível, por outro, impedindo, neste último caso, o trabalho de equipa.



De seguida, foi feita uma breve abordagem à competência Escrita a partir do documento Novos Programas e do entretanto disponível GIP. Inclusivé, na fase final da análise ao GIP, os colegas, em pequenos grupos, analisaram três propostas de actividades do referido GIP, à semelhança do que nos tinha sido proposto na Formação, no último módulo.
Neste ponto, os colegas fizeram notar que a prática dos últimos anos contemplava já o ensino da escrita seguindo as fases planeamento, textualização e revisão, talvez não com muita ênfase na diversidade de estratégias para esta última, nem para a edição/ publicação dos textos produzidos pelos alunos. A propósito, uma colega chamou a atenção para o facto de os descritores de desempenho não serem muito explícitos na divisão das tarefas escritas por essas mesmas fases. Aliás, acrescentou, ao contrário dos Programas ainda em vigor, nos Processos de Operacionalização, estas fases, na sua correspondência para as outras competências (Leitura, Compreensão do Oral e Expressão Oral), não estão de todo comtempladas.


Finalmente, foram apresentadas as linhas orientadoras da sequência didáctica, segundo o que nos tinha também sido proposto, e terminámos a sessão com os colegas, em pequenos grupos, a elaborarem as suas propostas de sequência para posterior partilha e reflexão.

Acerca da sequência didática, o comentário geral foi sobretudo dirigido ao dispêndio de tempo real para elaboração de sequências em simultâneo com o ensino efectivo. De qualquer forma, alertei para as vantagens de tal trabalho, em termos futuros, mormente, o conhecimento que nos dá dos descritores levando-nos a variar estratégias/ actividades, no sentido de diversificar aqueles e garantir a aquisição da competência a eles inerente, bem como a sua utilidade para nos fazer consciencializar de como estaremos mais próximos do "programa cumprido" trabalhando os descritores e não os conteúdos. Aqui ficou o alerta de uma colega para, no quadro a preencher com a sequência, ser dispensável a coluna dos conteúdos, até pelo ridículo de, por exemplo, lá registar-se "leitor" (p. 123 ) ou "ouvinte" (p. 120) quando, de todo, estes não são os conteúdos trabalhados na actividade que pretenderá fazer desenvolver os respectivos descritores.
Desta última actividade mais haverá a comentar, mas numa próxima sessão, visto o trabalho ter ficado incompleto.

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